Dep. Dr. Zacharias Calil e AMB se posicionam contra “revalida light”

25 de novembro de 2019 às 10:58

Foto: Comunicação - Associação Médica de Goiás⁣ ⁣

O Deputado Dr. Zacharias Calil (DEM) participou na manhã desta sexta-feira (22) da reunião do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB) e reforçou a sua posição contra a inclusão das universidades particulares nos processos de revalidação dos diplomas de médicos formados no exterior.

O deputado e a Associação reforçaram o posicionamento contrário ao chamado “Revalida Light”, que está tramitando como emenda à Medida Provisória 890 (MP 890), que regulamenta o programa Médicos Pelo Brasil. Este ponto é consenso entre a AMB e o deputado.

Em seu pronunciamento, o democrata, que é um dos principais defensores da pauta na Câmara Federal, comentou o “jabuti” colocado no programa Médicos pelo Brasil, e falou sobre as dificuldades para chegar a um acordo para votar o projeto. O deputado, inclusive, reforçou o seu compromisso com a AMB de lutar contra a concessão para permitir as faculdades privadas no processo.

“Defendo a realização de um revalida forte, aplicado pelo Ministério da Educação (MEC) e estamos atuando para que os médicos formados no exterior e que pretendem exercer a profissão no Brasil sejam avaliados pelo conhecimento que eles adquiriram em sua formação, independente da universidade”, defende.

Denúncias

Durante a reunião do Conselho a AMB reapresentou as denúncias sobre os riscos que a população brasileira pode correr em decorrência do balcão de negócios no qual o ensino médico brasileiro se transformou, e no que pode acontecer caso as universidades privadas tenham a permissão para a aplicação das provas.

São irregularidades nas revalidações de diplomas e nas transferências de alunos que cursam medicina no exterior para o Brasil que já foram apresentadas a Controladoria-Geral da União (CGU).

A investigação da AMB aponta que, em busca da aprovação do diploma, milhares de brasileiros que estudam principalmente na Bolívia e no Paraguai, têm índices de aprovação no Revalida muito baixos por não terem boas condições de formação. Em busca da possibilidade de atuarem no Brasil, estes estudantes de medicina buscam outros métodos para trabalharem na sua terra natal.

Segundo apurou a AMB, e nesta área que atuam empresas irregulares, que aliciam alunos do exterior, por meio de propagandas, para que eles busquem burlar o sistema brasileiro, que não regulamenta a transferência de alunos do exterior para o Brasil. Estes empresários vendem a possibilidade da transferência do curso, para universidades particulares, onde os brasileiros pagam em média R$ 100 mil pela transferência, sem a devida aprovação, nem por método de transferência, nem por meio de vestibular.

Neste sentido, o deputado e a AMB entendem, de forma conjunta, que há a necessidade de fortalecer a prova do Revalida, para que os conhecimentos dos médicos formados no exterior sejam avaliados por meio de uma prova justa e que teste os conhecimentos de formação do médico.

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